quinta-feira, 18 de abril de 2013

HEPATITE B




Se a crinaça apresenta sinais de cansaço e falta de apetite, acompanhados de febre, dor abdominal e vómitos, consulte imediatamente o pediatra.A hepatite B é uma doença que impede o fígado de funcionar correctamente. Embora existam variados tipos de hepatite, a B é uma das mais comuns.

As causas
A hepatite é provocada por um vírus e a sua transmissão é fácil. Em alguns casos, é a própria mãe, quando dá à luz, que transmite a doença para o seu bebé. Noutros casos, o facto da criança partilhar objectos de higiene com uma pessoa infectada, também são a causa da transmissão.

Os sintomas
Para além do cansaço e a falta de apetite iniciais podem surgir sintomas como: febre; vómitos; enjoos; dores abdominais; icterícia; dores de cabeça.
No entanto, muitas vezes a hepatite B é assintomática, ou seja, não apresenta quaisquer sintomas que advirtam para a infecção, sendo que passa sem ser diagnosticada até que a pessoa faça análises de sangue.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hepatite deve ser feito através de análises clínicas de sangue, após observação dos sintomas que apareçam na criança. O pediatra recomendará o repouso absoluto em casa, uma alimentação e dietas adequadas e a ingestão de muitos líquidos. Caso a infecção, ao ser detectada, já se encontra  muito avançada, poderá ser necessário recorrer-se ao internamento. A hepatite B pode ser uma evolução grave, pelo que a sua detecção precoce é essencial para que o tratamento surta efeito. O grande problema da não detecção atempada deste tipo de doença é a possibilidade de se tornar numa doença crónica, e conduzir a uma degradação progressiva do fígado.

terça-feira, 16 de abril de 2013

HEMORRAGIA NASAL (Epistáxis)




Se a criança sofrer uma hemorragia nasal, convém perceber porque esta acontece. Normalmente, as causas podem ser locais (como uma lesão por traumatismo ou infecção). No entanto, também podem ser sistémicas, ou seja, devido a alguma doença.

As causas
O seu filho pode sangrar do nariz por:
- Razões sistémicas - como a pressão arterial elevada, doenças renais ou hepáticas. Problemas de coagulação.
- Razões locais - como um traumatismo na região nasal devido a uma pancada, por colocar um objecto estranho no nariz, etc.

Sinais e sintomas
A principal característica de uma hemorragia nasal é o sangue vermelho vivo que sai pela(s) narina(s). No entanto, poderá ainda encontrar outros sinais, caso a hemorragia seja interna e o sangue também escorra pela garganta. Caso a criança esteja a perder muito sangue, pode apresentar os seguintes sintomas: palidez; tonturas; suores frios; fezes escurecidas alguns dias após a hemorragia.
Se as hemorragias forem muito constantes, poderá haver perdas importantes de sangue.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hemorragia nasal é feito através da simples observação e o tratamento poderá variar, consoante a duração da hemorragia. Quando inicia a primeira hemorragia, deverá:
- Sentar a criança com a cabeça flectida para trás.
- Comprimir as narinas por dez minutos sem ceder.
Se a hemorragia nasal persisir, desloque-se de imediato a um centro de saúde ou ao hospital. Aí, o médico que consultar a criança removerá todos os coágulos existentes nas narinas e realizará um tampão nasal. Se este tratamento não obtiver êxito, o otorrinolaringologista realizará uma cauterização química da veia que sangra ou o tamponamento posterior das fossas nasais. Para este tratamento, a criança deverá ficar internada.

ESTRABISMO

 


O estrabismo é por vezes difícil de detectar em idades muito precoces, porque até aos 6-8 meses ele pode ser simplesmente fisiológico, por outro lado a criança não tem consciência sobre a sua dificiência visual; no entanto, se você está atenta ao seu filho, pode notar pequenos sinais que a poderão levar a suspeitar de que algo não vai bem com a sua visão.
Os bebés pequeninos podem sofrer frequentemente de estrabismo, porque todos os seus sistemas estão ainda imaturos. No entanto, em breve se consolidarão e o bebé passa a ter uma visão normal. Se a situação não se altera, o seu filho pode sofrer de estrabismo que deve ser tratado o mais rapidamente possível para que não venha a sofrer de uma redução permanente das suas capacidades visuais.

Como detectar
Geralmente as crianças que sofrem de estrabismo têm alguma dificuldade em focar os objectos, assim contraem fortemente o olho afectado para que lhes permita uma visão mais clara. É habitual verificar que quando a criança tenta fixar uma imagem feche um dos olhos e assim evite uma visão dupla e distorcida. Se o seu filho quando está concentrado, por exemplo a desfolhar um livro de imagens ou a ver os desenhos animados na televisão, piscar muitas vezes os olhos, não hesite e fale já com o seu pediatra. Ele, através de um exame simples, verificará se será ou não necessário, enviá-lo a uma consulta de oftalmologia.

Os testes
O pediatra, através de um simples teste (cobre um dos olhos da criança e mostra-lhe um objecto bem colorido e atractivo) pode verificar os sinais de estrabismo. Em caso positivo ser-lhe-á indicada a realização de uma consulta ao ofalmologista.

Tratamento
O tratamento baseia-se normalmente na utilização de óculos que corrijam a focagem, sendo em muitos casos necessário o tratamento cirúrgico.

ECZEMA

 

Se nas bochechas do seu bebé ou no pescoço aparece uma borbulhagem áspera e avermelhada que o deixa desesperado e o faz levar as mãos ao rosto para se coçar, vá com ele ao pediatra, pois pode estar com eczema.

Os sintomas:
 aparecimento de erupção compacta de uma cor vermelho escuro; a erupção localiza-se geralmente nas bochechas, no pescoço, na testa ou atrás das orelhas; a zona fica áspera; e a pele pode formar escamas.

Diagnóstico
O pediatra confirmará o eczema por observação como a causa do eczema pode ter várias origens, o pediatra tratará de indagar o desencadeante que o causou. As causas podem ser de origem genética, alimentar ou alérgica. Se a causa é alérgica, o pediatra recomendará que a criança não esteja em contacto com tecidos de nylon, fibra ou lã. Inclusivamente, poderá mandar substituir o gel e o sabonete do banho até confirmar o agente que produz a alteração.

O tratamento
O médico prescreverá uma loção ou pomada para aplicar nas lesões. No entanto, se a alteração persistir, poderá ser necessário alterar a alimentação do bebé. O acompanhamento clínico é essencial até à cura. Esta doença pode ter períodos de agravamento seguidos de outros de ausência completa de sintomas.

DERMATITE ATÓPICA




Se ao dar banho ao seu bebé e verifica que ele tem lesões vermelhas, por vezes exudativas e com crosta, fale com o pediatra. Estas lesões podem surgir em qualquer parte do corpo e muito especialmente na zona da fralda, na cabeça ou até no rosto. Estas lesões provocam geralmente imensa comichão. Muito embora a dermatite atópica surja maioritariamente em crianças mais crescidas, pode também aparecer em idades muito precoces.

Diagnóstico
O pediatra observará a criança e perante a inflamação questionará sobre os antecedentes familiares da criança (familiares com dermatite ou alergias), mudanças de alimentação, alergias, tipo de roupa que esteve em contacto com a criança (lãs, fibras...), animais de estimação. Dado que não existe nenhum exame ou análise que confirme a dermatite atópica, o médico poderá ter que observar a criança numa consulta posterior para avaliar a evolução da doença e assim confirmar definitivamente o diagnóstico, dado que, à primeira vista, a dermatite atópica pode confundir-se com a dermatite seborreica. Esta, por sua vez, necessita de um tratamento diferenciado.

Tratamento
Muito embora não exista cura pois é uma doença crónica, a dermatite pode surgir mais tarde e sempre que a criança esteja em contacto com os elementos desencadeantes (lãs, excesso de humidade e calor, alimentos...) O pediatra recomendará evitar o contacto com as substâncias alergizantes conhecidas, prevenindo assim o aparecimento dos sintomas.

Conselho
Corte as unhas ao seu bebé para evitar que ao coçar-se possa danificar a pele. Reduzirá também as probabilidades de infecção.

CONJUNTIVITE




Se a criança ao acordar parece ter os olhitos colados ou a lacrimejar, não espere e marque uma consulta com o pediatra. Entretanto e para aliviar o bebé, deve imediatamente lavar-lhe os olhos com uma gaze (nunca utilize algodão pois pode deixar filamentos) ensopada em soro fisiológico ou água tépida desde que a tenha fervido primeiro). A limpeza deve ser feita do ângulo externo do olho para o ângulo interno num só movimento, eliminando depois a compressa.
A conjuntivite é uma doença muito frequente nos bebés. É contagiosa e quando surge deve de imediato ser avaliada pelo médico. Deve-se à inflamação da conjuntiva, a membrana que rodeia a córnea.

Os sintomas:
vermelhidão do olho; lacrimejar intenso; secreção que pode ser aquosa, mucosa ou purulenta; pestanas coladas entre si; picadas

O diagnóstico e o tratamento
O médico facilmente avalia a doença e prescreve gotas oftalmológicas (um colírio antibiótico) e uma adequada higiene com uma gaze embebida em água fervida morna para eliminar as secreções. Na consulta o médico dará os conselhos adequados à mãe para a colocação das gotas de forma correcta.
- Colocar as gotas no ângulo ocular interno.
- Com o polegar e o indicador, abrir levemente as pálpebras do olho do bebé para permitir que entre o medicamento.

A prevenção ao contágio
O contágio é feito de pessoa a pessoa pelas gotículas eliminadas ao tossir ou ao espirrar, através das mãos ou das toalhas. O tempo de incubação normalmente oscila entre os dois e os sete dias após a exposição.

Medidas preventivas
- Lave correctamente as mãos antes de tocar no seu bebé.
- Não deixe que outras pessoas toquem no bebé se não tiverem as mãos limpas.
- Evite que a criança esteja em contacto com pessoas doentes.

CÓLICAS DO RECÉM-NASCIDO (Aerocolia ou Aerofagia)


 
Se a criança começa a chorar, provavelmente está com dores abdominais provocadas por aerofagia (as cólicas). E embora se sinta preocupada, o melhor será manter a calma e ajudá-lo, fazendo-lhe algumas massagens. De qualquer forma, consulte o pediatra da criança

As causas
Na maior parte dos casos, os médicos desconhecem as causas das cólicas, sendo que se apontam como causas mais prováveis o excesso ou diminuição da alimentação, a ingestão de ar ou até mesmo uma técnica pouco apropriada de alimentação.

Os sintomas
Como é evidente, o primeiro sinal é o choro. Quando as crises de cólicas acontecem, é possível que sejam devidas a falta de alimento.

O tratamento
Tarefa muito difícil, por o seu sistema digestivo ser ainda imaturo - o médico poderá recomendar-lhe algumas estratégias:


- Quando lhe der de mamar, certifique-se de que a sua boca "apanha" toda a auréola.
- Coloque a boca da criança à mesma altura do mamilo.
- Entre as tomas, ajude o bebé a arrotar.
- Mova as pernas do bebé - deitado de costas - como se este estivesse a andar de bicicleta.
- Dê-lhe um banho morno para o ajudar a relaxar e libertar, mais facilmente, os gases retidos no intestino.
- Massaje-lhe as costas e a barriguinha de forma suave. Realize movimentos circulares.
- Tente que bebé faça cocó várias vezes por dia.

O pediatra poderá ainda recomendar a toma de algum medicamento caso a situação se torne muito importante e dolorosa.

CISTITE





Se a criança tem uma vontade constante de fazer chichi e chora cada vez que vai à casa de banho, pode estar com uma cistite. A cistite é uma infeção urinária da bexiga, geralmente provocada por bactérias, mas também pode ter como causa os vírus.
É mais comum nas meninas dada a localização dos seus órgãos genitais externos e à sua uretra ser mais curta que a dos meninos.

Sintomas:
vontade constante de urinar e às pinguinhas; pontadas no baixo ventre; dor ao urinar.

Diagnóstico
O médico avaliará a situação através dos sintomas e mandará de imediato fazer análises (sangue e urina). Se confirmar a cistite, o médico prescreverá a medicação que julgar mais adequada e recomendará a ingestão de muitos líquidos. Recomendará ainda uma dieta leve. Depois, acompanhará a evolução do tratamento e recomendar-lhe-á para não interromper o tratamento mesmo que a criança já não apresente queixas. Este tipo de infeções pode durar algum tempo a debelar e se há interrupção do tratamento poderá brevemente reincidir.

Recomendações
Para que se evite uma infeção urinária, todo o cuidado é pouco. A higiene é imprescindível. Após a retirada da fralda, deve fazer uma higiene muito cuidada. Se a criança já vai à casa de banho, não deve permitir que se sente em casas de banho públicas pois são um foco de contágio.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

BRONQUIOLITE


Esta infecção das vias respiratórias menores (os bronquíolos) é provocada por um vírus chamado Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e provoca dificuldade respiratória. Embora possa também afectar os adultos, são especialmente as crianças com menos de 12 meses que têm mais probabilidades de serem contagiadas.

O contágio
O vírus espalha-se pelo ar, quer através da tosse, quer através dos espirros das pessoas contagiadas. Outra forma de contágio consiste no contacto com objectos utilizados pela pessoa infectada.

Os principais sintomas
Para além da tosse, dor de garganta, febre, corrimento nasal e dificuldade respiratória são: as narinas poderão estar mais abertas que o usual; lábios e unhas com uma cor mais pálida; respiração sibilante ou pieira; falta de apetite.

O diagnóstico e o tratamento
O diagnóstico deverá ser feito sempre pelo pediatra da criança. Quando se fala em tratar uma bronquiolite, deverá ter-se em conta que:
- O apoio emocional à criança é extremamente necessário, pelo que deve permanecer sempre a seu lado, pois quanto mais calmo for o ambiente, mais tranquilidade se transmite à criança.
- A criança poderá necessitar de Cinesioterapia respiratória para drenar melhor as secreções, mantendo as vias respiratórias mais abertas.
- A utilização de broncodilatadores permitirá dilatar as vias respiratórias de forma a facilitar a respiração (aerossolterapia).
- A administração de oxigénio húmido poderá ajudar a melhorar a respiração enquanto a criança não se recompõe.
- Poderá ser necessário prescrever um medicamento para a febre, já que a temperatura corporal nunca deve ultrapassar os 38ºC. Se a temperatura ultrapassar os 40ºC deve deslocar-se ao hospital para observação, assim como se houver um agravamento da dificuldade respiratória com a terapêutica já instituída.

ASMA


 
Se uma criança começar de repente com respiração sibilante, tosse e falta de ar, se ao expirar os ruídos respiratórios forem muito percetíveis, pode estar a ter um ataque de asma. A criança pode ainda queixar-se de falta de ar ou de uma pressão no peito. O ataque pode desaparecer em poucos minutos ou durar algumas horas. Geralmente a criança pode ter tido anteriormente ataques de tosse seca, muito especialmente durante o período noturno.

Diagnóstico

 Para confirmar o diagnóstico de asma pode mandar realizar análises ao sangue e testes cutâneos para identificar os alergénios responsáveis pela crise de asma

Os sintomas
 Dificuldade em balbuciar devido ao esforço para respirar; respiração sibilante e ofegante; sonolência; pede de cor azulada (cianose); tosse seca.

Tratamento
O médico poderá prescrever um broncodilatador, de acordo com os sintomas e gravidade da situação asmática da criança. Se, por exemplo, a criança sofre um ataque após um exercício físico ou um esforço violento. Os broncodilatadores atuam geralmente após poucos minutos, no entanto, os seus efeitos duram geralmente de 4 a 6 horas.

terça-feira, 9 de abril de 2013

AMIGDALITE (ANGINAS)



Quando uma criança se queixa de dor de garganta, tem febre e não quer comer porque diz que lhe dói ao engolir, poderá estar perante um quadro de amigdalite.

Causas e sintomas
As causas da amigdalite podem ser provocadas por bactérias ou vírus. Por norma, a infeção é transmitida através da tosse e espirros de uma pessoa contagiada e as crianças, devido ao seu sistema imunitário mais imaturo, facilmente são contagiadas.

Os sintomas mais frequentes são:
As amígdalas avermelhadas ou com pus; gânglios linfáticos inchados e sensíveis; febre; dificuldade para respirar e falar; vómitos; perda de apetite; dores abdominais; tumefação da garganta; dor de ouvidos.

Diagnóstico e tratamento                                         

O pediatra realizará um exame físico orientado e observará os sintomas para definir qual a causa da infeção e qual o melhor tratamento. Se a amigdalite for provocada por uma bactéria (frequentemente o estreptococo), o pediatra prescreverá um antibiótico para tratar a infeção e prevenir o aparecimento de outro tipo de doenças como a febre reumática.

AFTAS


 
 
O aparecimento de úlceras na boca (conhecidas como aftas) pode provocar bastante desconforto e dor às crianças. O seu aparecimento pode, inclusive, condicionar a sua alimentação. Por isso, é necessário consultar o pediatra para que, pelo menos, o desconforto seja atenuado.

As causas
As aftas não têm uma razão específica para aparecerem. Segundo os especialistas, podem ser o resultado de uma reação exagerada do sistema imunitário contra um elemento desconhecido. As aftas quando integradas numa síndroma febril podem ser de etiologia viral - Estomatite aftosa.

Sintomas e diagnóstico
Os sintomas das aftas são as aftas em si. Estas caracterizam-se por serem pequenas úlceras redondas ou ovais, coloridas (cinzentas ou amarelas, com as extremidades inflamadas) que causam dor e desconforto. Outros sintomas também identificados, podem ser a febre ligeira e o aumento dos gânglios linfáticos.

 
O tratamento
Se a infeção for mais grave, o pediatra poderá prescrever um antibiótico e algum medicamento para bochechar, caso a criança já consiga fazê-lo convenientemente sem o engolir. Para além disso é fundamental tratar a dor com um analgésico. A melhor forma de prevenir as aftas consiste em manter sempre um ambiente limpo e não deixar que a criança leve à boca objetos que possam estar sujos e contaminados por bactérias.